Cozinha

Cruzei os braços enquanto esperava pelo maravilhoso jantar de familia e revirei os olhos quando vi o Nate a aparecer - Olá princesa. - disse com um sorriso cinico e fiz uma careta à minha mãe quando me olhou desaprovadoramente.

Olhei e fiz um sorriso igual ao que ela estava a fazer. - Olá parvalhona. - suspirei com os olhares que os nossos pais nos davam, nem sei porque é que ainda esperavam que nos fossemos dar bem, acho que isso era a coisa mais impossível de sempre. - Queres beber alguma coisa? - perguntei para a Rebecca alto o suficiente para os nossos pais ouvirem e não me acusarem de ser mau para ela.

Abanei a cabeça - Estás a ver, mãe? - olhei para a minha mãe e abanei a cabeça - Ele trata-me mal, não o posso tratar bem. - encolhi os ombros. Voltei a virar-me para o Nate e sorri-lhe cinicamente de novo - Quero, estúpido. Obrigada.

- Não te estou a tratar mal, até estou a ser demasiado simpático. - disse em tom de resmungo. Levantei-me e abri o frigorífico tirando algumas bebidas, virei-me de costas para a Rebecca depois de pegar em dois copos, sorri matreiramente e no copo dela deitei coca-cola, um bocado de sumo de laranja e depois acrescentei um bocado de água. Devia saber mal como tudo aquela mistura. Ri-me para mim e deitei apenas coca cola no meu copo. Peguei nos dois e dei-lhe o dela. - De nada estúpida. - disse e voltei a sentar-me.

Agarrei no copo que o Nate me deu e fiz uma careta com o sabor daquilo. Cuspi tudo para cima do Nate e vi a minha mãe de olhos arregalados - Rebecca!
Pousei o copo na mesa e fiz uma careta - É nojento, ele fez de propósito.

Arregalei os olhos quando ela cuspiu aquela porcaria toda para cima de mim. - É só coca-cola oh estúpida! - gritei todo furioso e empurrei-a da cadeira fazendo-a ir contra a parede. - Idiota! - gritei-lhe e calei-me quando o meu pai apareceu todo furioso.
- Podem parar já com isso?? - perguntou olhando para os dois alternadamente.

Fiz uma careta quando o Nate me empurrou contra a parede e não me controlei, mostrando-lhe os dentes - Volta a fazer isso que vais ver. - afastei-me da parede devagar quando o pai dele apareceu e ajeitei a minha roupa - Podias dar-lhe educação. Parece um sem abrigo.

Revirei os olhos quando me mostrou os dentes. - Deves pensar que me metes medo com isso. - resmunguei e afastei-me mais dela antes que fizesse porcaria. - Cala-te estúpida! - gritei virando-me para ela de novo e o meu pai puxou-me pelo braço.
- Já chega Nate. - resmungou comigo.
- O jantar está pronto, todos para a mesa. - a mãe da Rebecca apareceu de repente tentando acalmar aquele mau ambiente que estava a começar a surgir. Fui sentar-me à mesa e respirei fundo, queria pelo menos conseguir comportar-me direito durante o jantar em frente aos nossos pais.

Afastei-me deles e ajeitei o meu cabelo enquanto me sentava de novo à mesa. Não acreditava como é que eles pensavam que nos iamos dar bem, por amor de deus, aquilo era completamente impossivel de acontecer - Vou sair depois deste jantar de familia. - comuniquei apenas à minha mãe.

- Eu também, vou sair depois do jantar. - retorqui depois de a outra falar, precisava de sair daquela casa em que fosse por um bocado, ainda era o primeiro dia e já estava a dar em maluco.
- Vão sair juntos então? - perguntou a mãe de Rebecca ao mesmo tempo que se formava um sorriso na sua cara.
Suspirei e revirei os olhos.

Fiz uma careta com a pergunta da minha mãe e abanei a cabeça - Credo, nunca na vida. Se eu quero sair para me afastar desta familiazinha e do parvalhão achas que ia sair com ele? - levantei-me para ir buscar um copo e enchê-lo de coca-cola - Vou sair bem sozinha. Não esperes por mim, posso não voltar para casa. - precisava de sangue e um bocadinho de sexo não faria mal.

- Prefiro passar a noite inteira sozinho do que na companhia dessa aí. - fiz uma careta e abanei a cabeça rindo-me um pouco com o que ela disse. Olhei para a mãe da Rebecca. - Acho que não devias deixá-la passar a noite fora porque no fundo ainda é uma criancinha, não tem idade para essas coisas. - mordi o interior da bochecha tentando ficar sério.

Revirei os olhos e atirei com um guardanapo à cabeça do Nate, sorte dele eu não ter agarrado na faca, porque mudei de ideias no último instante - Está calado, estúpido. Tu é que não tens idade para sair de casa porque comportas-te como um bebé de fraldas. - abanei a cabeça e recostei-me na cadeira.

Peguei no guardanapo quando ela mo atirou e pousei-o na mesa com um suspiro. - Não me parece que seja eu quem está a ser criancinha... - retorqui olhando-a. - oh estúpida. - revirei os olhos quando o meu pai disse para não começarmos novamente com aquilo. Ok, era melhor mesmo manter-me calado. Servi-me do jantar e depois pousei a travessa afastada de Rebecca para ela não conseguir chegar à mesma sem ter de me pedir. Sorri interiormente e comecei a comer.

Revirei os olhos por causa do comportamento idiota do Nate e peguei no meu prato, levantando-me para me ir servir com o jantar. Voltei a sentar-me e acabei de comer num instante. Beijei a testa da minha mãe - Beijinhos. - disse adeuszinho e subi para mudar de roupa.

Abanei a cabeça e continuei a comer deixando-me estar calado. Afastei ligeiramente o prato quando acabei logo a seguir a ela. - Até logo. - levantei-me e sub ao meu quarto para mudar de roupa, tinha a camisola toda suja por causa daquela parvalhona.

Depois de tirar um vestido curtinho preto do meu armário e o vestir, acabei de me arranjar na casa de banho e peguei apenas no telemóvel e em dinheiro e sai de casa. Aquele idiota irritante conseguia tirar-me do sério, precisava mesmo de sangue e de me divertir.

Mudei a minha camisola toda suja e acabei por também mudar de calças. Quando estava pronto sai do quarto e vi apenas os nossos pais lá em baixo, provavelmente a outra já tinha saído. Despedi-me deles e peguei nas chaves saindo de casa. Ia divertir-me mesmo muito esta noite.

Levantei-me da cama e depois de tomar um duche rápido desci as escadas para o andar de baixo. Fui até à cozinha buscar um iogurte e a seguir atirei-me para cima do sofá enquanto ligava a televisão.

Depois do duche tomado e de me vestir saí do quarto descendo as escadas até ao andar de baixo. Ouvi o barulho da televisão e ao espreitar vi a Rebecca, revirei os olhos e entrei na cozinha, peguei num iorgurte e numas panquecas que estavam já lá feitas e fui-me sentar noutro sofá enquanto comia e sem nada dizer à parva.

Sentia a minha cabeça pesada e nem me lembrava muito bem da noite anterior. Discoteca, bebidas, muitas bebidas e tinha andando enrolada com um rapaz mas já nem me lembrava da cara dele. Encolhi os ombros e acabei de comer quando o Nate apareceu - Bom dia, senhor bem educado.

Olhei-a de canto quando falou para mim e revirei ligeiramente os olhos. - Bom dia parva. - disse num meio resmungo. Estava com uma enorme dor de cabeça e não me lembrava do que tinha feito na noite anterior, a não ser a parte de ter ido à discoteca. O resto estava tudo confuso e isso era irritante.

Agarrei-me a uma almofada e continuei a olhar para a televisão - Que horror a minha cabeça vai explodir. - murmurei para mim com uma careta de dor. Levantei-me do sofá e fui até ao mini frigorifico tirar uma embalagem de sangue - Queres?

Olhei para ela quando ela disse aquilo. - A minha também parece que vai explodir. - disse encostando a cabeça ao sofá quando acabei de comer o que tinha trazido. Vieram-me à cabeça umas imagens confusas da noite anterior e no meio delas estava a Rebecca, franzi a testa. Eu já devia era de estar a imaginar coisas isso sim. - Quero. - respondi-lhe e afastei aqueles pensamentos.