A pequena vila estava submersa numa escuridão aterradora, a rua onde eu me encontrava estava silenciosa e algum nevoeiro pairava no ar. Por causa dos meus sentidos apurados, eu conseguia ouvir o batimento acelerado do coração do pobre rapaz que estava a caçar. Ele não devia estar longe. Conseguia sentir o cheiro de sangue perto, muito perto. Depois ter ficado alguns segundos parada a olhar para a rua vazia, começo a caminhar devagar, aproximando-me cada vez mais do sitio onde o cheiro de sangue era demasiado forte. Mas antes de conseguir chegar ao sitio o pobre rapaz foge do seu “esconderijo”, correndo pela rua vazia. “Uma atitude escusada.” Eu sem demoras ajo rápido e num movimento rápido consigo alcançar o rapaz, colocando-me á frente dele, fazendo-o parar. A cara dele mostrava medo, muito medo, ele estava terrorizado. O seu frágil coração estava cada vez mais acelerado, a sua respiração ofegante, a adrenalina percorria-lhe pelo corpo todo. Eu olho para o seu braço, que estava a sangrar e os meus caninos crescem automaticamente, de seguida agarro de forma agressiva o rapaz e mordo o seu pescoço. Cada gota de sangue que escorria pela minha garganta fazia-me querer mais e mais, nunca ficando satisfeita. O rapaz gemia e gritava de dor, mas eu não me interessava, não queria saber, não me importava. Eu só tinha um único objetivo naquele momento. Era drenar o corpo daquele rapaz até á sua última gota de sangue.
De repente acordo e reparo que estava no meu quarto. Levanto-me, ficando sentada na cama e suspiro, olhando para o relógio que estava fixo na parede. Faltavam ainda duas horas para a aula começar. Isso queria dizer que tinha tempo para “tomar o pequeno-almoço”, mas as bolsas de sangue não me satisfaziam. E eu já estava cansada de beber aquilo todos os dias. Precisava de sangue quente, direto da veia. Por isso acho que um tempinho para me alimentar antes das aulas.