Quarto do Nate

Revirei os olhos ao que ela disse e acabei de pegar numas roupas. - Que fixe saber que só me vejo livre de ti daqui a cinquenta anos. - disse num tom irônico. - E agora vai-te lá embora que já deve estar quase na hora do jantar. - disse virando-me para ela.

- Podiamos ter de viver juntos mesmo para sempre. - relembrei-o com um encolher de ombros e um sorriso - Que chato, não me apetece. Eu fecho os olhos.

- Porque é que haveriamos de ter de viver juntos mesmo para sempre? - perguntei de sobrolho franzido. - Estás a irritar-me Rebecca, vai-te embora! - resmunguei e peguei numa almofada atirando-a para cima dela.

- Se os nossos pais fossem como nós, era isso que ia acontecer. - disse com uma careta de nojo. Agarrei na almofada que ele me atirou e ri-me - Tanta coisa. Já estavas vestido à anos e eu não olhava nada.

- Pois mas não são. - disse olhando-a muito seriamente. Nem morto queria viver para sempre com ela. - Não tem piada nenhuma. - resmunguei quando se começou a rir. - A sério Rebecca, vais sair daqui a mal se não te levantares daí e saires do quarto. - avisei-a pela última vez.

Encolhi os ombros quando me ameaçou e abanei a cabeça - Sou a tua irmãzinha, não percebo porque é que tens tantos problemas. - credo, ser irmã dele. Já bastava isto quanto mais ser irmã dele - Anda lá, já te disse que tapo os olhos. - abanei a cabeça de novo.

- Não digas essa palavra, que nojo. - resmunguei ao mesmo tempo que fazia uma careta. Bufei para o ar, ela só podia estar a gozar comigo. Aproximei-me dela pegando-a pelas pernas e abri a porta do quarto pondo-a lá fora, fechei a porta antes de ela dizer alguma coisa. - Diz aos nosso pais que não demoro! - gritei para ela me ouvir.

Revirei os olhos quando ele me tirou do quarto e fechou a porta e desci para a sala onde estavam os dois pais a arranjar as coisas para o jantar - O Nate é um mal educado que diz que já vem. - encolhi os ombros e sentei-me numa das cadeiras.

Quando finalmente me vi livre daquela chata peguei nas roupas que já tinha tirado do roupeiro e vesti-me, olhei-me no espelho e passei os dedos pelo cabelo fazendo depois um sorriso para mim próprio. Saí do quarto fechando a porta e desci as escadas vendo lá os nossos pais e a Rebecca, revirei os olhos, que família perfeita. - Já aqui estou. - disse quando cheguei ao pé deles e sentei-me também numa cadeira com um suspiro. Ia ser uma seca de noite, queria era sair e conhecer aquilo tudo.

Sentia-me cansado e já todo sonolento, despi as calças e a camisola e atirei-me para cima da cama. Fechei os olhos e não tardou nada a que acabasse por adormecer no meio de pensamentos confusos.

Quando acordei no dia seguinte já o sol me entrava pela janela. Pisquei os olhos e levei as mãos à cabeça que me doía como tudo, tentei lembrar-me da noite passada mas estava tudo confuso. Só sabia que tinha bebido e não era pouco, suspirei e levantei-me da cama indo à casa de banho para tomar um duche.